A necessidade de produtividade empresarial é o que atrai as corporações para as redes convergentes.
Ao integrar a gestão de equipamentos de Tecnologia Operacional à infraestrutura de TI, as empresas podem simplificar o gerenciamento das redes, além de representar uma evolução significativa nos processos industriais.
Mas o que exatamente são redes convergentes? Por que as empresas devem ficar atentas a esse processo de integração tecnológica? Confira todos os detalhes na leitura deste artigo.
O que são redes convergentes?
Integrar o negócio. Esse é o principal objetivo das redes convergentes. Para que isso ocorra, ela combina imagens, dados, voz e diferentes outros elementos em uma única rede.
É basicamente unificar os recursos de infraestrutura da empresa para otimizar espaço e recursos financeiros. Imagine uma rodovia onde ônibus, caminhões e veículos de grande porte compartilham a mesma faixa de veículos de pequeno porte, ao invés de terem a preferência à direita. Isso é o que as redes convergentes fazem, otimizam os espaços ao integrar os diferentes tipos de rede em uma só.
Antes, as redes de telefonia, rádio e televisão eram mantidas separadas da rede de dados. Sendo assim, cada um desses serviços precisava de uma conexão própria para operar, além de diferentes tecnologias e canais para o processamento de dados. Mas agora, esses serviços e ainda os dispositivos IoT e sistemas OT também podem compartilhar da mesma infraestrutura.
Principais características da infraestrutura de redes convergentes
As redes convergentes possibilitam uma visão unificada de toda a operacionalização e infraestrutura do sistema de redes. Nesse ambiente, todos os equipamentos estão conectados através do protocolo IP, o que torna mais fácil gerenciar falhas e fazer atualizações rapidamente, tudo em um sistema de gestão único.
Para que a empresa consiga manter a disponibilidade dos serviços, é preciso adquirir equipamentos de rede que tenham um bom desempenho, além de possibilitar a segmentação da comunicação de dados.
Devido à integração de diferentes sistemas em um único caminho, é natural que ocorra a sobrecarga de tráfego na rede. Portanto, é interessante analisar se os equipamentos e a infraestrutura utilizada suportam o tráfego excessivo para manter a disponibilidade do negócio.
Para obter as melhores vantagens com as redes convergentes, é importante que a corporação conte com Internet Service Provider (ISP) de ótima categoria, com qualidade excepcional de conectividade e velocidade na periferia ou extremidade da rede.
No geral, a arquitetura de redes convergentes precisa conter quatro características principais:
Tolerância a falhas
As conexões redundantes permitem utilizar rotas alternativas quando falha um dispositivo ou link. Dessa forma, a experiência do usuário não é afetada.
Escalabilidade
Refere-se à capacidade de um sistema, rede, aplicativo ou infraestrutura de se adaptar e crescer de forma eficiente para lidar com um aumento na demanda ou carga de trabalho.
Qualidade de serviço (QoS)
O roteador (ou router) é responsável por gerenciar a qualidade do serviço (QoS) na rede, garantindo que as diferentes formas de comunicação recebam prioridades apropriadas com base em sua importância para a organização.
Segurança
Os administradores de rede podem garantir a segurança da rede por meio da implementação de medidas de segurança tanto a nível de hardware quanto de software. Além disso, eles podem tomar medidas para evitar o acesso físico não autorizado aos dispositivos de rede, como roteadores, switches e servidores.
Redes convergentes e a Tecnologia Operacional
As redes convergentes alertam as empresas para a implementação de tecnologias avançadas, como comunicações unificadas, colaboração em tempo real e computação em nuvem, impulsionando a inovação e a competitividade, sobretudo para ambientes industriais.
A Indústria 4.0 engloba conceitos essenciais como interconexão, transparência de informações, suporte técnico para humanos e descentralização na tomada de decisões. Além disso, envolve ainda automação, inteligência artificial/machine learning, comunicação entre máquinas e análise de grandes volumes de dados.
O mercado caminha cada vez mais para a estreita convivência entre TI e OT, sinalizando a necessidade de integrar os dois extremos: o corporativo (TI) e o produtivo (OT). Afinal, quanto mais distantes esses processos estiverem um do outro, mais riscos de cibersegurança a sua empresa enfrentará.
Cibersegurança em OT
Para combater invasões nos ambientes de OT, os profissionais estão aumentando as soluções de cibersegurança em suas redes industriais, isso porque 75% das corporações entrevistadas pelo Relatório do estado da tecnologia operacional e cibersegurança relataram que sofreram pelo menos um ataque de ransomware em 2023.
No entanto, a infraestrutura de redes convergentes entra nesse cenário como uma solução para centralizar as informações e unificar a gestão desses ativos. Sem contar que, essa sinergia pode trazer infinitas possibilidades conjuntas entre TI e OT.
Afinal, hoje os equipamentos das empresas são modernos e estão conectados à rede, seja para ampliar a produtividade ou para melhorar o controle. Por exemplo, antes uma câmera de segurança que não necessitava de conexão, agora pode ser controlada à distância e enviar dados em tempo real para a cloud, com isso, está sujeita a sofrer um ataque hacker. Mas as vulnerabilidades podem ser drasticamente reduzidas quando a TI implementa ações de segurança, tais como políticas de backup, firewall etc.
Essa transformação vem sendo sentida pelas empresas. O relatório mostrou ainda que quase todas as organizações (98%) agora incluem sua postura de cibersegurança OT na pontuação de risco mais ampla compartilhada com liderança executiva e conselhos de administração.
Conclusão
As redes convergentes impulsionaram um avanço na tecnologia operacional em TI, unificando diferentes serviços em uma infraestrutura única. Isso resulta em eficiência, inovação e competitividade.
Mas como citado anteriormente neste artigo, as empresas devem estar cientes dos desafios de segurança cibernética e implementar medidas de proteção adequadas para garantir o sucesso de desempenho de toda essa arquitetura de redes.
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