Escolher entre nuvem pública e a nuvem privada é um dos muitos dilemas que gestores de TI e de Negócios enfrentam. Afinal, qual a melhor? A resposta é um frustrante “depende”. Mas não se preocupe, este texto foi construído para ajudar você na decisão!
Afinal, saber exatamente qual opção escolher é otimizar recursos e melhorar desempenho. Isso é uma realidade que o mercado já adotou. De acordo com o estudo IT Trends Snapshot 2023, 50% das corporações brasileiras estão migrando a infraestrutura e as aplicações para a tecnologia cloud.
Apesar do número impressionante, cerca de 29% das empresas não possuem um planejamento bem estruturado de nuvem. Ou seja, falta estratégia para lidar com a complexidade de cada opção.
Pronto para aprimorar essa jornada? Boa leitura!
Modelos de serviços em nuvem
A tecnologia em nuvem pode até parecer um assunto recente, mas a verdade é que o tema cloud computing está no mercado desde 1997. A data marca data em que o termo foi usado pela primeira vez.
Porém, foi apenas nos anos 2000 que a cloud se popularizou em todo o mundo. De lá pra cá, os serviços em nuvem tornaram-se sinônimo de otimização e segurança para muitas empresas.
Existem três principais modelos de serviços quando se fala em cloud computing. Os modelos que existem são:
Infraestrutura como serviço (IaaS)
esse modelo é o mais usual entre as empresas. Nele, é contratado uma infraestrutura virtualizada em vez de instalar uma estrutura física. São adquiridos recursos como servidores, armazenamento, redes e recursos de computação.
Plataforma como serviço (PaaS)
Os provedores de nuvem oferecem uma plataforma para desenvolvimento e execução de aplicativos. As empresas podem desenvolver, testar, implantar e gerenciar aplicativos sem precisar se preocupar com a infraestrutura subjacente. É utilizado por corporações que necessitam de ambientes altamente personalizados.
Software como serviço (SaaS)
os provedores de nuvem oferecem aplicativos de software prontos para uso, acessíveis aos usuários através da internet. Eles podem utilizar esses aplicativos diretamente, sem precisar instalar ou gerenciar o software em seus próprios dispositivos. Um exemplo comum é o Google Drive e ERPs.
Após entender e escolher qual modelo mais se adequa às necessidades da sua empresa, o próximo passo é a implantação, que pode ser em nuvem pública, nuvem privada ou nuvem híbrida.
Afinal, qual a diferença entre nuvem pública e nuvem privada?
Cloud pública
Como o próprio nome sugere, a nuvem pública é um ambiente de nuvem aberto ao acesso geral.
Nesse modelo, os recursos de computação são fornecidos por provedores de serviços em cloud. Os usuários podem utilizar esses recursos de forma gratuita ou por assinatura.
Algumas marcas que representam essa modalidade são:
- Oracle;
- Amazon Web Services (AWS);
- Microsoft Azure;
- Google Cloud Platform.
Portanto, a empresa compartilha o mesmo provedor de nuvem com outras corporações na cloud pública. Mas isso não significa que as outras companhias acessarão os seus dados, já que o único compartilhamento em comum é o serviço de computação.
Cloud privada
Por outro lado, a nuvem privada é uma modalidade de computação em nuvem que não é compartilhada com nenhuma outra organização. Ou seja, a empresa é a única proprietária da nuvem.
Ela pode ser abrigada em provedores que oferecem serviços de hospedagem ou até mesmo em instalações de colocalização (co-location).
Diferente da pública, a cloud privada é acessível somente por usuários selecionados, não sendo aberta ao público em geral. Por isso, essa abordagem também é conhecida como nuvem interna ou corporativa.
Como todo recurso tecnológico, há prós e contras. Claro que com os serviços de nuvem não seriam diferentes. Vamos entender cada um deles separadamente.
Benefícios e limitações da cloud pública
Como benefícios, a nuvem pública fornece mais elasticidade, que pode se expandir ou contrair automaticamente, devido ao amplo conjunto de recursos disponíveis.
E ainda grande escalabilidade e rápida instalação, pois permite que qualquer pessoa acesse seus serviços, em alguns casos até de forma gratuita.
Em contrapartida, essa pode não ser uma alternativa interessante para as empresas que precisam estar de acordo com rígidas regulamentações governamentais e de compliance. Devido à multilocação, a corporação não possui total controle do servidor e tem menos personalização.
Benefícios e limitações cloud privada
Já a nuvem privada permite a personalização e controles extras, pois os recursos são mantidos em alguma infraestrutura virtualizada, pode ser internamente na própria empresa ou externamente em Data Centers.
Outro ponto importante é o maior nível de segurança e privacidade, usando firewalls e hospedagem interna para proteger as operações e os dados confidenciais contra acessos não autorizados por terceiros.
Portanto, pode ser uma alternativa relevante para as empresas com requisitos de conformidade rigorosos ou preocupações com segurança.
Porém, se a sua empresa optar por comprar a própria infraestrutura de TI (ou seja, optar pelo Capex), essa modalidade tem um prazo maior para instalação. Além disso, exige custos operacionais alocado na própria corporação, porque a equipe interna de TI ficará responsável pelo gerenciamento e manutenção.
E a nuvem híbrida?
A nuvem híbrida reúne o melhor dos dois mundos. Permite que as empresas combinem a segurança e o controle da nuvem privada com a escalabilidade e a flexibilidade da nuvem pública, proporcionando uma solução mais adaptável e eficiente para as necessidades de TI.
Por mesclar os benefícios, a cloud híbrida vem ganhando admiração no meio corporativo. De acordo com número do Relatório State of The Cloud, 82% das organizações mundiais dão preferência por nuvem híbrida.
A pesquisa também mostrou que os virtualizadores mais populares para nuvens privadas são:
- Microsoft Azure Stack (41%);
- AWS Outposts (31%);
- VMware vSphere/vCenter (28%).
Conclusão
Conseguiu identificar qual a melhor para o seu negócio? Vamos ajudar a recapitulando o que vimos neste texto.
A nuvem privada é mais direcionada para organizações que desejam personalização e atender critérios de regulamentação.
Mas se a sua empresa busca uma solução com menos personalização e com diversidade de opções, pode optar pela nuvem pública.
Lembrando que, o seu negócio pode ainda mesclar os serviços disponíveis em ambos os modelos com a cloud híbrida.
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